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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Abraço natalício grátis

Ás vezes, um abraço é tudo o que precisamos. (é) Um abraço tem a capacidade de mudar o nosso dia. (depende) Um abraço dá cor a uma imagem cinza. (talvez) Um abraço consegue eternizar um momento. (é possível que sim)

Todos concordam com a primeira premissa, mas o valor que é dado a este gesto não une consensos. Nos dias de hoje, as pessoas são insensíveis a um abraço. Mas... Como é possível não darem atenção a um gesto que é grátis, não dói e nos preenche?

(...)

Se calhar porque já me encontro no modo natalício (ou porque até gosto verdadeiramente disto), imagino-me nos Aliados com um grupo significativo de pessoas sem problemas de hipersensibilidade táctil. Eramos dez miseráveis mortais de barrete vermelho com um único objectivo: oferecer um abraço natalício grátis aos miseráveis mortais sem barrete vermelho que passavam naquela belissíma(!) praça. Cujo o único objectivo seria espelhar uma expressão de felicidade nos rostos, por mais momentânea que fosse. Um abraço simples mas envolvente, que fizesse com que os problemas, o stress e os pensamentos negativos se evaporassem, por brevíssimos instantes. E conseguiram resultados satisfatórios, numa percentagem de 49%. Foi uma alegria para todos. Ah, faço ainda referência ao facto destes dez miseráveis mortais de barrete vermelho mais parecerem cem, tal era a força e a vontade com que agarraram a oportunidade. (e 100% das pessoas percebeu isso)

  • A imaginação não tem limites. A realidade tem. No entanto, a imaginação e a realidade confundem-se neste post. (AINDA BEM)

[Local da fotografia: Madrid; Agradecimento às duas pessoas presentes na imagem por autorizarem a publicação]

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Arte de Rua - A valorização de um pequeno palco

É um tipo de arte que me enche os olhos, e mais um ou outro sentido. É um poço de magia. É uma mistura entre a alegria e o prazer de viver.

Naquele pequeno e solitário palco, o artista de rua só depende das suas capacidades, só depende dele próprio. Despir-se e ficar à mercê do cidadão comum é muito mais do que possa parecer. É ter confiança, segurança e expontaneidade. É lidar com a pressão e o mediatismo. É saber resignar-se à dicotomia ambígua da opinião de cada um.

Um artista de rua tem tudo isto, naquele pequeno e solitário palco. E mais, atrevo-me a dizer que se trata de um palco ingrato. A fotografia assim o revela. O cidadão comum avista o artista, pára à sua frente durante dois minutos, aplaude e segue. Ah! E se tiver trocos na carteira, poderá colocar uma moed(inha) na caix(inha) do artista solitário.

É a minha visão.

No entanto, sei que há por aí um conjunto de pessoas que pára, olha, aprecia, comunica, aplaude e vibra com a arte de rua. Ah! E mesmo que não tenha moedas, esse conjunto de pessoas vai a correr ao café da esquina trocar uma nota de dez euros, para colocar uma(s) moedinha(s) na caixa do artista talentoso. Eu encaixo me neste conjunto, com prazer.

[Local da fotografia: Grand Vía - Madrid]